segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

«Alta Definição - A Verdade do Olhar», de Daniel Oliveira

Editora: Guerra & Paz
Ano de Publicação: 2012
Nº de Páginas: 272
Daniel Oliveira estreou-se na escrita [de livros] com 1 dose de droga... 1 gr. de esperança (Texto Editores, 2001), onde contou uma parte dramática da sua infância e adolescência. Tinha então 20 anos e era um jovem jornalista na SIC. Actualmente, o autor e apresentador já é figura bem conhecida dos telespectadores, e sem dúvida, devido ao programa Alta Definição. Alta Definição - A Verdade do Olhar compila as entrevistas mais marcantes do apresentador, como as que realizou a figuras públicas como Miguel Sousa Tavares, Helena Sacadura Cabral, Sara Tavares e José Hermano Saraiva. Inclui também – a última entrevista que vem no livro – a entrevista em que o autor passou de entrevistador a entrevistado (neste caso foi Clara de Sousa que encarregou-se das perguntas). 
A anteceder cada uma das 21 entrevistas coligidas neste livro, Daniel Oliveira escreve sobre como surgiu a ideia para convidar cada entrevistado e algumas revelações inéditas de bastidores, nunca mostrados no ecrã.
Não sendo um telespectador assíduo do programa, foi com entusiasmo e curiosidade que fui lendo cada uma das entrevistas. Em todas nota-se e confirma-se um elo de ligação no formular das perguntas e no saber ouvir as respostas que Daniel Oliveira possui (e esta «captação» apenas vendo as entrevistas é possível): a mecânica e articulação das perguntas aliada à espontaneidade da conversa que mantém com os convidados do programa. 
Saliento duas entrevistas que li e depois tive, obrigatoriamente, que ver – tal a curiosidade que do papel faz emergir sobre as emoções registadas. Foram as de Rogério Samora e Ana Zanatti, que não tinha assistido. 
Tal como Daniel Oliveira escreve em nota introdutória «Este livro é dedicado ao espectador que viu todas as entrevistas, ao espectador que viu parte delas, e ao que viu uma entrevista ou minutos de uma delas. É dedicado ao espectador que chorou, àquele que riu e ao espectador que ficou em silêncio.» 
À pergunta indispensável e marca do apresentador O que dizem os (t)seus olhos?, eis uma das respostas (de Margarida Carpinteiro): «(Gargalhada) Ai, essa pergunta…! Olhe, os meus olhos neste momento dizem que tive a felicidade de me expor, mas de me expor perante um jovem que eu considero talentoso e que eu respeito já há uns tempos.» (p. 149) 

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