terça-feira, 30 de abril de 2013

«Morte na Aldeia», de Caroline Graham

Editora: ASA
Ano de Publicação: 2013
Nº de Páginas: 312
A história deste primeiro volume da nova coleção de romances policiais britânicos, da ASA, tem início quando Emily Simpson, aquando do seu passeio pela floresta da aldeia de Badger’s Drift, avista dois dos seus vizinhos em uma cena de sexo… selvagem. Ao reconhecer a identidade dos amantes, a ex-professora octagenária fica imensamente surpreendida e deixa soltar um sussurro, desmascarando assim a sua presença. No dia seguinte a tão pacata aldeia acorda com a notícia do ataque cardíaco que vitima a acarinhada idosa. Mas para Miss Bellringer, uma amiga próxima da falecida, a morte não foi por causa natural, mas por homicídio.
Fica assim espalhado o alarme em toda a comunidade, e é nesta altura que a polícia é chamada a se encarregar deste caso. O Inspetor-chefe Barnaby e o inexperiente sargento Troy começam a investigar a vida dos poucos vizinhos da octagenária e descobrem um rol de segredos passados e querelas cruzadas entre vizinhos, e, descobrem uma conexão entre um crime ocorrido há alguns anos na aldeia, o assassinato de Emily e uma outra brutal morte que deixa toda ela ensanguentada, Miss Rainbird, que passava os seus dias a vigiar os passos dos vizinhos, pela janela do seu sótão.
As vitimadas viram o que ou quem não deviam, e por isso foram «eliminadas». A par da identidade dos amantes apanhados em flagrante, o(s) assassínio(s) dos vários crimes permanece(m) um mistério até ao final da trama.
Com este livro a autora dá-nos a conhecer uma panóplia de crenças, valores e atitudes que os seus personagens possuem, que, embora não sejam exteriorizadas emocionalmente e corporalmente, estão em constante crescimento nas suas mentes.
Caroline Graham fez um bom trabalho. Morte na Aldeia podia ter sido escrito por Agatha Christie. Se tivesse lido o romance sem conhecimento do seu autor, diria que podia efectivamente ter sido uma obra escrita pela Rainha do Crime, mas não uma das suas dezenas de magnum opus. E é talvez essa a maior percepção que evidencio no livro: ser um pasticho do estilo literário de Christie. Todavia, Morte na Aldeia é um livro de mistério engenhoso. Foi publicado originalmente em 1987, sob o título The Killings at Badger's Drift e está desde o dia 25 de Abril nas livrarias portuguesas à espera de leitores ávidos de 312 páginas de suspense.

A Opera Omnia convida a «Viajar com... Eça de Queiroz», no dia 2 de Maio

Clica no convite para leres a sinopse do livro


segunda-feira, 29 de abril de 2013

Aquisições literárias

aqui e aqui

A editora Ática lança o terceiro título da colecção Ensaística Pessoana: «As Paixões de Pessoa», de George Monteiro‏

(Para ver o booktrailer, clica na capa)

A obra:
O alcance – e possivelmente a concretização – das aspirações literárias de Fernando Pessoa não tem paralelo na história da literatura moderna. Porém, apesar de lhe ser amplamente reconhecido o estatuto do maior escritor de língua portuguesa do século XX, continua a ser um dos mais obscuros e menos compreendidos mestres do modernismo literário ocidental. O reconhecimento da grandeza e diversidade da sua obra, para além dos confins modestos de Portugal e de outros territórios de língua portuguesa, tem acontecido de forma lenta mas gradual, encontrando os seus escritos leitores e tradutores entusiastas através de muitas das fronteiras linguísticas do mundo. O aspecto imaginativo singular que permitiu a Pessoa a realização em poesia e prosa de um conjunto de outros escritores (imaginados) tem seduzido especialmente os seus leitores.


Composto por um conjunto de nove ensaios, «As Paixões de Pessoa» é o terceiro título da colecção Ensaística Pessoana.
O primeiro capítulo de «As Paixões de Pessoa» aborda o grande poeta modernista como escritor de carreira; isto é, como um autor que publicou com frequência e quantidade nas revistas e jornais do seu tempo. A este, seguem-se cinco capítulos sobre os eternos temas do sexo e da fama na obra e na vida do grande escritor modernista português, especialmente os modos como estes dois assuntos se prendem com a sua relação com escritores de língua inglesa, como, previsivelmente, William Shakespeare e Edgar Allan Poe, mas também outros poetas raramente associados a Pessoa, nomeadamente Arthur Hugh Clough e Ernest Dowson. O sétimo e oitavo capítulo abordam, primeiramente, o modo como os editores do periódico modernista Presença – José Régio, Adolfo Casais Monteiro e João Gaspar Simões – discutiram, definiram e promoveram Pessoa e, em segundo lugar, a escolha de Pessoa da esfinge como metáfora emblemática para um Portugal obstinado em contemplar o Ocidente. O nono capítulo consiste num conjunto de reflexões sobre as primeiras tentativas do autor de traduzir a poesia de Pessoa.

O autor:
George Monteiro é Professor Emeritus de Literatura Brasileira e Portuguesa da reputada Universidade de Brown, nos Estados Unidos. Publicou livros sobre autores tão diversos como Luís de Camões, Robert Frost, Henry James e Emily Dickinson. Com ascendência portuguesa, é um reconhecido especialista em Fernando Pessoa e dedica-se sobretudo a autores portugueses, brasileiros e americanos.

A colecção:
A Ática iniciou a publicação das Obras Completas de Fernando Pessoa em 1942. Foi a primeira e a única editora a publicar as suas obras até à entrada em domínio público. Neste novo ciclo, onde a chancela Ática (agora integrada na BABEL) se tem destacado, na publicação de relevantes textos inéditos de Fernando Pessoa através da colecção Obras de Fernando Pessoa | Nova Série, surgiu a necessidade de complementar a publicação das obras de Fernando Pessoa com uma nova colecção ensaística, exclusivamente dedicada aos estudos pessoanos.
Esta nova colecção – a Ensaística Pessoana - paralela e complementar à Nova Série, tem como objectivo publicar o melhor do pensamento ensaístico que se produz, em Portugal e no estrangeiro, sobre Fernando Pessoa.
Com design gráfico de Inês Sena e uma cadência prevista de 4 títulos por ano, foram publicados, até ao momento, 3 títulos: «Misoginia e Anti-feminismo em Fernando Pessoa», da autoria de José Barreto, «Pessoa Existe?», da autoria de Jerónimo Pizarro e «As Paixões de Pessoa», de George Monteiro.

Formato: 140 x 200
Páginas: 152 

domingo, 28 de abril de 2013

Vera Faria Leal apresenta o seu mais recente livro no Funchal

A autora Vera Faria Leal estará amanhã, dia 29 de Abril às 18h, na Festa da Cultura do Funchal, para apresentar o seu mais recente livro A Missão da Sua Vida, publicado pela Nascente.

Vera Faria Leal é uma das mais reconhecidas formadoras e especialistas de Desenvolvimento Pessoal em Portugal.
O seu site é o seguinte: http://www.verafarialeal.com.pt/

«Metamorfose à Beira do Céu», de Mathias Malzieu

Editora: Bertrand
Ano de Publicação: 2012
Nº de Páginas: 128
O escritor e também músico francês Mathias Malzieu, depois de arrecadar excelentes críticas do seu livro A Mecânica do Coração (Contraponto, 2009) apresenta-nos uma nova obra fruto da sua criativa imaginação: Metamorfose à Beira do Céu
(Con)fundindo deliberadamente ficção e realidade o autor dá-nos a conhecer a história de Tom Cloudman, um jovem acrobata que sonha voar. Para tal, e tirando as várias quedas e hematomas sofridos ao longo da sua vida, Tom terá que sofrer transfigurações, se metamorfoseando por dentro, por fora, tudo em prol do seu objectivo: chegar ao topo do céu. Como na vida nada é fácil, uma doença terminal é-lhe diagnosticada, mas o jovem atribui um outro sentido, positivo, a essa «barreira» no seu caminho. Já no hospital Tom conhece uma mulher-pássaro «obcecada pela maternidade», que tal como ele divide-se entre dois planos, o da realidade e o da utopia. Essa «mulher-cegonha» propõe-lhe um trato: «De se transformar em pássaro, de corpo e alma. De abandonar a vida humana por uma nova aventura» (p. 55).
Será que o acrobata aceitará essa proposta, de se transformará em ave, para finalmente poder voar? A viagem que Tom enveredará será a de ida ou a de regresso?
Metamorfose à Beira do Céu leva o leitor a perder-se no mundo da utopia e a deixar-se invadir por esse universo de magia, onde tudo é possível, se acreditarmos. Tal como ao protagonista do livro, o escritor francês tria as nossas emoções, deixando apenas as que são (e)ternas.
Um livro com poucas páginas mas com muito conteúdo.

sábado, 27 de abril de 2013

Novidades Abril da Dinalivro: «O Segredo do Reiki» e «Quinta da Regaleira: Sintra, História e Tradição»


O Segredo do Reiki
 
Acabado de sair da gráfica, o novo livro de Sandra e Jorge A. Ramos começará em breve a seguir o exemplo das obras que o precederam: Karuna e Reiki: As Raízes Japonesas, título que já alcançou, aliás, a 4.ª edição. Motivos de sobra para não deixar para amanhã o pedido que pode fazer já hoje, até porque O Segredo do Reiki não se destina apenas a praticantes desta terapia nipónica, uma vez que propõe ao público em geral 11 mapas orientadores rumo a um estado de bem-estar genuíno, tão essencial para superar os desafios dos dias de hoje.
 
Sinopse
Esta obra radica num segredo da terapia natural japonesa Reiki, que estimula a prática diária da meditação; inspira-se nas filosofias, também nipónicas, Kaizen e Wabi-Sabi; e apoia-se nos domínios científicos da linguística e da psicologia para consubstanciar um novo estilo literário – meditaginação – através do qual o leitor medita enquanto lê. Também alicerçado noutros âmbitos científicos (como a biologia, a filosofia, a física, a medicina e a neurologia), este livro de autoajuda pretende ser uma preciosa fonte inspiradora para a prevenção de problemas de saúde. Abundante em reflexões, O Segredo do Reiki comporta onze meditaginações meticulosamente elaboradas para que qualquer pessoa desfrute desta obra; são onze mapas orientadores para um estado natural de bem-estar genuíno, que dão corpo a um livro indispensável em tempos de mudanças cada vez mais rápidas, onde a manutenção do equilíbrio interior é essencial para suportar os quase constantes desafios do quotidiano.

Os autores
Sandra Ramos e Jorge A. Ramos são naturais de Lisboa e dedicam-se desde 1998 ao estudo, prática e ensino de terapias naturais e complementares. Sendo fervorosos adeptos da multidisciplinaridade,
começaram por aferir as convergências e as divergências de várias paraciências. No seu trabalho procuram sistematicamente uma expansão da apetência multidisciplinar a fim de reunirem as paraciências com as ciências, dado ser assim que para eles faz sentido o acesso e a aplicação do conhecimento: de modo integrado, não sectário, usando o melhor de cada segmento do saber em prol de um ser humano mais feliz. Possuem uma escola de terapias complementares em Lisboa, onde realizam consultas privadas e formações para grupos, disponibilizando o seu conhecimento multidisciplinar a um número cada vez maior de pessoas que reconhecem a necessidade e a importância de uma abordagem holística e profissional no que toca à promoção da sua saúde e do seu
bem-estar geral.
 
EDITOR: Dinalivro
AUTOR: Sandra Ramos e Jorge Ramos
PÁGINAS: 320
EAN: 9789725766194
PVP: 15,00€


Quinta da Regaleira: Sintra, História e Tradição
 
Monumento emblemático da vila de Sintra, célebre aquém e além-fronteiras, cada palmo da Quinta da Regaleira funciona como uma mensagem cifrada, cujos enigmas, símbolos e mistérios Vitor Adrião esclarece agora neste livro essencial para a compreensão não só da própria Regaleira, mas também do pensamento de quem a mandou erigir: António Augusto Carvalho Monteiro. Num momento em que se assiste à valorização crescente das tradições e da história portuguesas por parte dos leitores, esta é, sem dúvida, uma obra a encomendar o quanto antes.
 
EDITOR: Dinapress
AUTOR: Vitor Manuel Adrião
EAN: 9789728202286
PVP: 31,80€

Novidade da Parsifal: «Princesas Portuguesas, Rainhas no Estrangeiro», de Américo Faria


Princesas Portuguesas, Rainhas no Estrangeiro
de Américo Faria
Edição: 2013
Páginas: 208
Editor: Parsifal
ISBN: 9789899833319

Princesas Portuguesas, Rainhas no Estrangeiro apresenta ao leitor a biografia de dezoito infantas que ao longo dos séculos ocuparam poderosos tronos na Europa. Utilizadas ao longo dos tempos como mais um elemento em complexas manobras de poder ou como meros peões em alianças estratégicas, as infantas portuguesas que reinaram no estrangeiro foram também importantes embaixadoras de Portugal, divulgando além-fronteiras a tradição, a cultura, os usos e os costumes nacionais.
De D. Urraca, filha de D. Afonso Henriques e de D. Mafalda, a D. Maria Isabel, filha de D. João VI e de Carlota Joaquina, este livro dá a conhecer a vida de mulheres que foram amadas, influentes e admiradas, mas também de soberanas que conheceram a traição, a infelicidade ou o repúdio.
Com a publicação de Princesas Portuguesas, Rainhas no Estrangeiro, as Edições Parsifal mostram uma faceta pouco conhecida da História de Portugal e desvendam percursos de vida que surpreenderão os leitores.

Passatempo: «O Vento dos Outros», de Raquel Ochoa

Com o patrocínio da Marcador, dou início ao passatempo que tem como oferta um exemplar do livro O Vento dos Outros, da escritora Raquel Ochoa. 
O LIVRO            A AUTORA   


Para te habilitares a ganhar o livro tens de:  
- Fazer 1 "Gosto" na página do Silêncios que Falam no Facebook [aqui], caso ainda não sigas a página; 
- Fazer um comentário a um destes posts do blogue.

nota: Poderás participar neste passatempo uma vez por dia, todos os dias, até ao último dia de passatempo. Já sabes que a matemática não falha; quantas mais vezes participares, mais hipóteses tens de ganhar!



O passatempo decorrerá até ao dia 2 de Maio.

Regras do Passatempo:
1) O passatempo decorrerá entre os dias mencionados, sendo exclusivo a participantes residentes em Portugal (Continental e Ilhas);
2) Será validado exclusivamente as participações com as respostas acertadas e será aceite apenas uma participação por pessoa ou email;
3) O vencedor será sorteado aleatoriamente através do Random.org e o seu nome publicado aqui neste post, além de ser comunicado ao mesmo via e-mail. Se ao fim de 15 dias, após ser contactado pelo administrador deste blogue, o vencedor não reclamar o prémio, será escolhido outro vencedor;
4) O administrador deste blogue e/ou a editora não se responsabiliza por eventuais extravios dos livros, aquando da expedição dos mesmos ao vencedor.


sexta-feira, 26 de abril de 2013

«Chega de Mas!», de Sean Stephenson

Editora: Nascente
Ano de Publicação: 2012
Nº de Páginas: 176
As primeiras linhas deste livro, Chega de Mas!, são: «A maioria dos pais reza para que o seu bebé nasça com dez dedos nos pés e dez dedos nas mãos. E eu nasci assim! Mas tinha-os todos partidos.» (p. 13). A causa de Sean Stephenson ter vindo ao mundo assim, foi por ter sido diagnosticado com osteogénese imperfeita – uma forma grave de fragilidade óssea.
No primeiro capítulo do livro o autor revela os principais desafios que enfrentou desde a sua infância, e as lições que interiorizou nesses primeiros anos, em que era olhado com comiseração. Sean afirma que «a nossa infância é o “esboço” do desenho da pessoa que somos hoje». (p. 24)
Conta que até aos dezoito anos, sofreu mais de duzentas fracturas. Como consequência dessa constante perda óssea Sean teve de se ver confinado, permanentemente, a uma cadeira de rodas. Mas isso não o fez desanimar. Sean continuou a estudar e licenciou-se em Ciência Política, tendo estagiado na Casa Branca, no final dos anos 90, onde colaborou indirectamente com o presidente Bill Clinton. Sean quis partilhar com as outras pessoas que quando as pessoas se escondem atrás das suas limitações, não veem mais nada, e é por isso que este homem de um metro de altura iniciou uma carreira como orador motivacional, realizando palestras por todo o mundo. A par disso, Sean trabalha como psicoterapeuta.
As 176 páginas que compõem este livro estão à espera de serem lidas por quem achar que necessita de um estímulo para poder viver por completo a sua vida, sem limitações. Se está pensando: «Até que poderia ler este livro, mas… », decididamente tem de o adquirir.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

«O Condottiere», o livro desaparecido de Georges Perec‏

O Condottiere
de Georges Perec
Tradutor: António Mega Ferreira
Págs.: 160

O livro desaparecido de Perec
O Condottiere, primeiro romance do autor, foi descoberto dez anos após a sua morte.

Um dos maiores romancistas franceses do século XX, Georges Perec, tinha 24 anos quando terminou aquele que considerou o seu primeiro romance, O Condottiere, que a Sextante Editora publica no dia 29 de abril com um prefácio de Claude Burgelin. O manuscrito deste livro só foi descoberto em 1992 por David Bellos, biógrafo de Perec, na casa de um velho amigo do escritor.
Desapontado – e revoltado – com a recusa do seu original por parte de duas editoras, Georges Perec abandona O Condottiere numa «velha mala», e só partir da publicação de As coisas, em 1965, vai alcançar sucesso e prestígio, tornando-se um dos mais famosos escritores contemporâneos.

O LIVRO
«”Quanto a O Condottiere, merda para quem o ler.” Leitor, sê bem- -vindo… Este breve jato de agressividade diz, à sua maneira, o azedume de Georges Perec, tão dececionado, neste mês de dezembro de 1960, pelo facto de o seu manuscrito ter sido recusado. Quanto ao futuro, evita insultá-lo: “Deixá-lo como está, pelo menos de momento. Retomá-lo daqui a dez anos, altura em que isto se tornará uma obra-prima, ou esperar no túmulo que um fiel exegeta o encontre numa mala velha que te pertenceu e o publique.” Uma vez mais, Perec acertou em cheio. O Condottiere é uma obra de juventude, aguda e surpreendente – e «isto» deu obras-primas, de tal forma ela contém o núcleo dos grandes textos que lhe são posteriores. Retomados, repensados, aqui encontramos os traços que dão a sua energia a livros tão diferentes como Um homem que dorme ou A vida modo de usar.»
Do prefácio

O AUTOR
Georges Perec é um dos mais famosos romancistas franceses do século xx. Membro destacado do grupo OuLiPo (Ouvroir de Littérature Potencielle), que integrou, entre outros, os escritores Italo Calvino e Raymond Queneau, os seus romances As coisas e A vida modo de usar foram traduzidos em todo o mundo como os exemplos mais brilhantes de uma literatura experimental em que escrita e matemática iam de mãos dadas.
O romance que a Sextante agora edita, O Condottiere, foi o primeiro romance escrito por Perec, nunca publicado e perdido numa velha mala esquecida dada a guardar a um amigo. A edição original foi feita em França em 2012 pelas Éditions du Seuil.

IMPRENSA
Georges Perec demonstra que era já um prosador, enchendo de humor e jogos de palavras as páginas tensas deste livro.
Alexandre Fillon, Livres Hebdo

Neste texto encontramos a matriz, iluminada por um olhar retrospetivo, de todas as obras que se lhe seguiriam.
Marc Lambron, Le Point

Os temas do falso e das pistas falsas, já presentes em toda a sua obra, são o que tornam precioso este romance, a peça que faltava a um puzzle sempre inacabado.
Hélèna Villovitch, Elle

Novidade editorial da Edições Ecopy: «Salazar em Abril», de Pedro Fonseca


Salazar em Abril
Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 208
Editor: Edições Ecopy
ISBN: 9789896562021
Coleção: Prosadores Contemporâneos 
 
Sinopse: Necessária será uma pequena explicação para o título Salazar em Abril.
O livro foca dois grupos de gerações: um que nasceu, viveu e cresceu em todos os sentidos durante a época de Salazar e outro que, mesmo nascendo nos últimos anos do Estado Novo, que já não era tão novo como isso, viveu e cresceu após Abril de 74.
Simplificou para o viajante destas letras catalogar de imediato o primeiro grupo de “Salazar” e o segundo de “Abril” sem que esta denominação vá etiquetar politicamente os dois intervenientes. Só identifica a época em que viveram.
Dado que o tempo não parou, os do primeiro grupo — Salazar — convivem e vivem com os do segundo grupo — Abril.
Daí a história. Cidadão do primeiro grupo a viver, conviver e a assistir a uma mudança social e da sociedade no todo, com o segundo cidadão, nado, criado e educado nessa diferente sociedade. Daí Salazar (geração) em Abril (geração). Gerações de hábitos, educações, lutas e ambições, gostos, comportamentos e visões diferentes perante os mesmos acontecimentos. Mas o que interessou mais registar foi o sentir do que se passou e passa com o cidadão normal que, como actor e espectador, lhe permitiu viajar em dois hemisférios (épocas) sociais, cada um deles com as suas características, e passar o equador sobrevivendo em duas sociedades incomparavelmente diferentes.
Outras novidades da Edições Ecopy neste link.






quarta-feira, 24 de abril de 2013

Pablo Neruda & Isabel Allende

Em 1973, Pablo Neruda convidou Isabel Allende - na altura era jornalista de revistas femininas, ainda sem nenhum livro publicado - para ir a sua casa, em Isla Negra, no Chile.

Isabel Allende pensava que era para ela lhe fazer uma entrevista..

Já na casa, e após uma breve conversa, Allende pergunta a Neruda: «Vamos começar então a entrevista?»

O poeta então, admirado, responde:

«A mim? Nunca me submeteria a semelhante prova! (…) A senhora deve ser a pior jornalista deste país, filha. É incapaz de ser objectiva, coloca-se no centro de tudo, e suponho que mente bastante e, quando não tem uma notícia, inventa-a. Porque não se dedica a escrever romances? Na literatura esses defeitos são virtudes.»

Citações tiradas deste livro.

Passatempo: «Pacificar o Espírito», de Dalai Lama

O líder espiritual do Tibete, Dalai Lama, é o autor do livro Pacificar o Espírito, que poderão ganhar neste sorteio, e é oferecido pelo Instituto Piaget - Divisão Editorial, em colaboração com o blogue.
Para te habilitares a ganhar o livro tens de:  
- Fazer 1 "Gosto" na página do Silêncios que Falam no Facebook [aqui], caso ainda não sigas a página; 
- Fazer um comentário a um destes posts do blogue.
- Responder acertadamente ao Formulário e respeitar as regras dos passatempos.

nota: Poderás participar neste passatempo uma vez por dia, todos os dias, até ao último dia de passatempo. Já sabes que a matemática não falha; quantas mais vezes participares, mais hipóteses tens de ganhar!



O passatempo decorrerá até ao dia 29 de Abril.

Regras do Passatempo:
1) O passatempo decorrerá entre os dias mencionados, sendo exclusivo a participantes residentes em Portugal (Continental e Ilhas);
2) Será validado exclusivamente as participações com as respostas acertadas e será aceite apenas uma participação por pessoa ou email;
3) O vencedor será sorteado aleatoriamente através do Random.org e o seu nome publicado aqui neste post, além de ser comunicado ao mesmo via e-mail. Se ao fim de 15 dias, após ser contactado pelo administrador deste blogue, o vencedor não reclamar o prémio, será escolhido outro vencedor;
4) O administrador deste blogue e/ou a editora não se responsabiliza por eventuais extravios dos livros, aquando da expedição dos mesmos ao vencedor.



«Contos Capitais»

Editora: Parsifal
Ano de Publicação: 2013
Nº de Páginas: 404
Vinte e seis escritores portugueses e quatro de língua espanhola, aceitaram o desafio de escrever sobre uma cidade capital que lhes tivesse proporcionado bons ou/e maus momentos. Aos textos juntou-se ou fotografias ou ilustrações ou desenhos constituídos ora por linhas ora por sombras, tudo imprimido em papel de dura resistibilidade. Uma profícua e delineada junção de artes, tanto escritas, como visuais, assim se compõe e se carateriza o primeiro livro da Edições Parsifal.
Contos Capitais é um livro bem limado em todos os vértices, desde o design, passando pela concepção, acabamentos, e nas várias mãos que devem terem-se unido para o nascimento deste objecto livro.
Mas vamos ao miolo da obra. Dados a conhecer, maioritariamente sob a forma de conto, os textos têm algo que os distinguem, além das cidades abordadas por cada escritor: a profusão de estilos, tons, vozes utilizados. Falar dalguns dos escritores maiores como Borges, Neruda, Joyce, é remetermo-nos também às cidades que os viram nascer e inspiraram-os escrever algumas obras. Borges é referido nos textos de José Jorge Letria e por Miguel Real, por exemplo.
Eis outros destinos conhecidos através da leitura deste livro: Havana (por José Carlos Barros); às ruas de Londres por onde Jack, o estripador deixou «sombras» (por Filipa Vera Jardim); a La Paz da Bolívia e a La Paz do México, de Ernesto Honesto, um jovem que nunca mais irá comprar um bilhete de avião por «impulso» (quem nos conta esta história trocada e humorada é a viajante Raquel Ochoa); a Paris, através de um conto suculento, sobre um rapazinho que atraiçoa um coração para o receber… (por Maria do Rosário Pedreira); Montevideu, muito bem apresentada por João Ricardo Pedro, que afirma: «…todas as viagens são viagens de regresso….» (p. 237).
Três dos textos imperdíveis desta colectânea, foram escritos na primeira pessoa, em tom intimista, pertencem a José Manuel Saraiva, Tiago Salazar e José Mário Silva. O primeiro é sobre uma homenagem que o escritor, todos os anos, presta a um ex-militar que jaz na cidade do Luxemburgo. Um texto emocionante.
O segundo, conta como o Kósmos encarregou de juntar-lhe (ao escritor) a um outro ser, no (a)caso, o (re)encontro deu-se numa viagem a Brasília, que o autor de Hei-de amar-te mais (livro a publicar brevemente) aceitou fazer, sem saber bem porquê. Salazar fala-nos das energias do Brasil e da sua propensão ao magnetismo.
Por fim o texto de José Mário Silva, que logo a abrir escreve: «Esta é a história de uma derrota. Esta é a derrota de uma história. As minhas mãos tremem.» A história passa-se/passou-se em Washington, por entre jogos de xadrez, encontros e desencontros, e uma carta. É uma história que transmite muito de quem a escreveu. As feridas que não se veem são as que mais se sentem. E quando as copiamos para o papel e partilhamo-las, elas passam a ser de quem as sentiu e as interpretou [sejam histórias ficcionadas ou não].
O feedback de Contos Policiais é ser esta uma obra rara no meio editorial.

terça-feira, 23 de abril de 2013

«Paula», de Isabel Allende

Editora: Porto Editora
Ano de Publicação: 2013
Nº de Páginas: 336
«É muito difícil escrever estas páginas, Paula…» (Isabel Allende)

«Depois da minha filha ter morrido e depois de ter escrito Paula, passei três anos sem conseguir escrever…estava vazia, sem nada cá dentro», disse Isabel Allende numa entrevista à TVI, na sua última visita a Portugal para o lançamento de O Caderno de Maya (Porto Editora, 2011). Quem leu Paula, entende o porquê desse hiato na sua escrita. Quem leu Paula, sabe que 1992, foi, para a escritora chilena, um ano muito doloroso. Sabe que as palavras «hospital», «dor», «doença», «morte», abundam (n)o livro, o livro escrito, inicialmente, em forma de carta, uma carta para a sua filha ler futuramente, e tomar conhecimento dos meses em que esteve em coma. Allende contava com o «se» e com o «quando», quando exorcizava a sua dor para o caderno amarelo, para onde extravasava os seus medos.
Este livro fala de e da morte, todavia esse não é o tema que subjaz nesta obra, escrita por entre corredores de um hospital madrileno e na sua casa dos E.U.A.: «A morte anda à solta pelos corredores e a minha função é distraí-la para que não me encontre a tua porta.» (p. 87)
Allende, além de estar devastada, suportava com calma exclamações como: «”Que linda que é a sua filha, pobrezinha, peça a Deus que a leve depressa”» (p.131).
Paula não é uma obra de ficção, é um testemunho, uma catarse, da escritora e jornalista nascida em 1942. Esta obra, inicialmente editada em Portugal pela falecida Difel, em 1995, tem um cariz autobiográfico, percorrendo os momentos de maior felicidade e tristeza de Allende: a sua infância, a importância que a família teve na sua vida, os namoros, o início da sua carreira de jornalista na TV e cronista em revistas, a sua reputação de feminista, o relacionamento que tinha com o seu tio Salvador Allende – ex-presidente Chileno –, o golpe militar ocorrido no Chile em 1973, e por conseguinte o seu exílio na Venezuela, a sua amizade com Pablo Neruda, o acaso que foi escrever o seu primeiro romance, e magnum opus, etc. Uma parcela considerável do livro é uma verdadeira aula de História do Chile.
Paulatinamente, a autora de A Casa dos Espíritos revela aos leitores o seu percurso constituído por inúmeros percalços, perigos, aventuras. É por esse teor íntimo e pessoal que Paula é uma obra de leitura intensa, ora sincopada, ora célere, e por vezes inquietante. A ironia é a figura de estilo que Allende recorre mais na sua escrita, não obstante o seu sarcasmo é benevolente, nunca compreendido como impetuoso.
Como curiosidade cito uma das quatro previsões que uma vidente de Buenos Aires fez a Isabel Allende, na década de 70, e que esta nos conta no livro: «”Um dos teus filhos, Paula, será conhecido em muitas partes do mundo.”» (p. 161)
E é precisamente o que tem vindo a acontecer, como Allende confirmou na mesma entrevista a que já me referi: «A Paula vive dentro de mim, mas também vive no mundo, vive no livro, vive nas pessoas que me escrevem (…) a Paula morreu há 19 anos e todos os dias, todos os dias!, pelo menos, recebo uma mensagem de alguém sobre Paula (…) o livro que mais toca as pessoas é o Paula
Numa parte do livro Isabel Allende, ao se questionar sobre dois «momentos» da vida, afirma: «Silêncio antes de nascer, silêncio depois da morte, a vida é puro ruído entre dois insondáveis silêncios.» (p. 237)


«História do Livro», de Albert Labarre. Um livro sobre O livro

Para o leitor bibliófilo, ter informação acerca da origem do livro, suas transformações consoante os tempos e descobertas tecnológicas e digitais, é imprescindível. 

sábado, 20 de abril de 2013

Jacinto Lucas Pires vence Grande Prémio de Literatura‏


O Grande Prémio de Literatura foi atribuído ao escritor Jacinto Lucas Pires, com a obra O verdadeiro ator. Com um valor pecuniário de 15 mil euros, o prémio é já uma das principais distinções na área da Cultura em Portugal, e será entregue ao autor na abertura da Feira do Livro de Braga, evento que tem o grupo dst como principal patrocinador.
De acordo com a deliberação do júri, presidido por Vítor Aguiar e Silva, a distinção atribuída à obra de Jacinto Lucas Pires justifica-se pela "agilidade e segurança nas narrativas, a par da elaboração formal em que relevam elementos de apuramento estético e inovação, que confirmam o autor como um dos nomes a valorizar na ficção portuguesa do presente".
Jacinto Lucas Pires (1974) estudou Direito na Universidade Católica de Lisboa e Cinema na New York Film Academy. Publicou o seu primeiro livro em 1996 e trabalha como dramaturgo e cineasta. A sua obra encontra-se publicada em português pelos Livros Cotovia e também em espanhol, croata e tailandês. Várias peças suas estão traduzidas em francês, espanhol, inglês e norueguês. Em Portugal, os seus textos foram encenados por Manuel Wiborg, Ricardo Pais, Marcos Barbosa e João Brites. Alguns dos seus contos foram incluídos em colectâneas na Alemanha, em França, em Itália, na Bulgária, no Brasil e em Espanha. Tem contos em várias antologias portuguesas. Escreveu e realizou duas curtas-metragens: Cinemaamor (1999) - prémio cine-clube no Festival de Cinema Luso-Brasileiro de Santa Maria da Feira - e B.D. (2004). Obras de Jacinto Lucas Pires publicadas no estrangeiro: Azul-turquesa: Espanha (editora Hiru), Croácia (Mlinarec & Plavic´), Brasil (Gryphus) Livro usado: Brasil (Gryphus), Universos e Frigoríficos: Tailândia (Namee Books) Octávio no Mundo: Noruega (Det Åpne Teater) Figurantes: França (Les Solitaires Intempestifs, Éditions).
"Eis a primeira característica do livro de Jacinto Lucas Pires digna de ser salientada - o não fazer cedências a uma nova inocência romanesca, o que lhe permite colocar-se à altura da matéria de que se apropria: o mundo artificial, submetido ao regime dos simulacros, onde a diferença entre o verdadeiro e o falso já não é pertinente". António Guerreiro, Actual, 12/01/2008.
"Talvez nunca como agora tenha Jacinto Lucas Pires sabido manobrar tão bem a sua própria escrita". Tiago Bartolomeu Costa, Ípsilon, 24/06/2011.
"A obra em si não tem que ser político-ideológica, mas acho importante que os criadores tenham um discurso e levantem questões sobre o seu país. Vive-se num excessivo conforto pantanal, que é um desconforto para quem cria". Jacinto Lucas Pires, numa entrevista ao JL, 28/03/2006.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Livros de Daniel Sampaio serão apresentados em Bragança


«Revolução Paraíso», do escritor Paulo M. Morais é apresentado amanhã


Lançamento do livro «Educação e Formação de Adultos e Idosos. Uma Nova Oportunidade», de Carlos Alberto Silvestre

A Divisão Editorial do Instituto Piaget e a Livraria Ferin, têm a honra de convidar  V. Exa para o Lançamento do livro da autoria de Carlos Alberto Silvestre Educação e Formação de Adultos e Idosos. Uma Nova Oportunidade.
A apresentação está a cargo do Prefaciador Dr. António Oliveira Cruz.
A Sessão terá lugar na Livraria Ferin, (Rua Nova do Almada, nº 70-74, ao Chiado), no dia 17 de Abril, pelas 18;30
Este texto, agora revisto, atualizado (inclusive no seu título) e aumentado nesta 2.ª edição, inclui um ponto que analisa os últimos 10 anos (2000-2010) da Educação e Formação de Adultos e Idosos (EFAI), sobretudo em Portugal e pretende averiguar o contributo que esta pode dar para dinamizar e mudar o sistema educativo/formativo (que o autor prefere chamar de sistema educador/formador, por acreditar que, este conceito, é e mostram um caráter mais integrador e abrangente e menos formatador), incluindo (n)a sua dimensão escolar (mais formal).
A alteração do título para Educação e Formação de Adultos e Idosos – Uma Nova Oportunidade teve em conta a necessidade de acompanhar a atualidade da EFAI em Portugal, nomeadamente na análise feita à Iniciativa Novas Oportunidades.
Continua a ler a sinopse aqui

http://www.ipiageteditora.com

Passatempo: «A Chave de Andrómeda», de Pedro Elias

A editora Caminhos de Pax disponibilizou 1 exemplar do livro A Chave de Andrómeda, do escritor Pedro Elias, para ser possível a realização deste novo passatempo.
SINOPSE          PREFÁCIO          ENTREVISTA

Para te habilitares a ganhar o livro tens de:  
- Fazer 1 "Gosto" na página do Silêncios que Falam no Facebook [aqui], caso ainda não sigas a página; 
- Sugerir a página do Silêncios que Falam no Facebook, clicando [aqui] onde aparece "Sugerir aos amigos"
- Responder acertadamente ao Formulário e respeitar as regras dos passatempos. 

nota: Poderás participar neste passatempo uma vez por dia, todos os dias, até ao último dia de passatempo. Já sabes que a matemática não falha; quantas mais vezes participares, mais hipóteses tens de ganhar!





O passatempo decorrerá até ao dia 23 de Abril.

Regras do Passatempo:
1) O passatempo decorrerá entre os dias mencionados, sendo exclusivo a participantes residentes em Portugal (Continental e Ilhas);
2) Será validado exclusivamente as participações com as respostas acertadas e será aceite apenas uma participação por pessoa ou email;
3) O vencedor será sorteado aleatoriamente através do Random.org e o seu nome publicado aqui neste post, além de ser comunicado ao mesmo via e-mail. Se ao fim de 15 dias, após ser contactado pelo administrador deste blogue, o vencedor não reclamar o prémio, será escolhido outro vencedor;
4) O administrador deste blogue e/ou a editora não se responsabiliza por eventuais extravios dos livros, aquando da expedição dos mesmos ao vencedor.