terça-feira, 16 de abril de 2013

«Como Woody Allen Pode Mudar a Sua Vida», de Éric Vartzbed

Editora: Sinais de Fogo
Ano de Publicação: 2012
Nº de Páginas: 132
Seja na faceta de cineasta, escritor, actor ou músico, Woody Allen revela sempre o seu humor sarcástico, criatividade ilimitada e versatilidade ímpar. Estas são algumas das características da sua personalidade. Não sendo uma biografia, Como Woody Allen Pode Mudar a Sua Vida está catalogado como obra de auto-ajuda, e não somente por a obra ter sido escrita por um psiquiatra, doutorado em Psicologia.
Éric Vartzbed transmite ao leitor neste livro o humor, o narcisismo, a capacidade de se «auto-metamorfosear», que ele «herdou» de Allen, o seu maior ídolo de cinema. Afirma que alguns dos filmes do autor nova-iorquino ajudou-o a superar algumas crises existenciais, familiares e profissionais. Traços de personalidade de culpabilidade, desilusão, saudosismo, misoginismo, nos personagens de Woody Allen, são apontados como espelhos que se quebram, cabendo ao espectador dos seus filmes, desmontá-los — consoante o grau da sua perceptibilidade e sensibilidade —, uni-los, para visualizar o «puzzle» descodificado. Depois desta etapa, e se adaptável, esses «fragmentos» cinematográficos podem ajudar a reconhecer nos espectadores algo semelhante por que estejam a passar, e funcionar como uma luz ao fundo do túnel (passe o lugar-comum).
Resumindo, este livro está escrito descontraidamente, sem pretensões literárias, apenas é um feedback de um cinéfilo que por acaso revê na sua práctica terapêutica muito do que vê nas telas de cinema.
Um livro curto, sucinto e bem-humorado. Como Woody Allen Pode Mudar a Sua Vida é um livro ideal para ler entre um romance e outro. Depois de terminada a leitura, pode querer (re)ver alguns dos filmes mais marcantes allenianos, como Manhattan (1979), Setembro (1987), Uma Outra Mulher (1988). Se isso acontecer, não (se) estranhe.
«Quando Charlot encontra uma companheira, ei-lo feliz. Quando os heróis allenianos se apaixonam e partilham a sua vida com uma mulher, ficam atormentados. Charlot sofre de penúria, as personagens allenianas de neurose.» (p. 51). Constatação de Éric Vartzbed.

8 comentários:

Buggy disse...

com este livro e com o livro do Dalai Lama podemos mesmo mudar a nossa vida :)

Elsa disse...

grande cineasta e grande pessoa, parabéns pela crítica!

kassie disse...

Sempre fui fã de Woody Allen e por isso fiquei muito curiosa com este livro. Mais um para a wishlist! :)

milureis disse...

Já vi alguns filmes e li algumas entrevistas a este senhor, mas muito sinceramente não consigo gostar do seu trabalho.Ao longo dos anos foram várias as tentativas de gostar dele, devido a muitas e boas críticas que lhe fizeram, mas ou por eu ser pouco inteligente ou por ter mau gosto cinéfilo ou pelos dois motivos, nunca gostei dele nem do seu trabalho.
Resumindo e concluindo,não faço tenções de ler este livro!

Blue disse...

Sou fã do Woody Allen , pelo que fiquei muito curiosa com este livro.

patricia dias disse...

Este será a minha própria aquisição

Patrícia Xará disse...

Gostava de ler. Gosto muito de Woody Allen e gostava de saber mais sobre ele.

Arnaldo Santos disse...

Um livro a ser lido com muita atenção!
Eu gostaria que Woody Allen mudasse realmente a vida de certas pessoas, para ficarem mais simpáticas, serem receptivas aos outros e não se remetessem ao silêncio, que é a maneira mais cómoda de não respeitarem os outros!!!