sábado, 20 de abril de 2013

Jacinto Lucas Pires vence Grande Prémio de Literatura‏


O Grande Prémio de Literatura foi atribuído ao escritor Jacinto Lucas Pires, com a obra O verdadeiro ator. Com um valor pecuniário de 15 mil euros, o prémio é já uma das principais distinções na área da Cultura em Portugal, e será entregue ao autor na abertura da Feira do Livro de Braga, evento que tem o grupo dst como principal patrocinador.
De acordo com a deliberação do júri, presidido por Vítor Aguiar e Silva, a distinção atribuída à obra de Jacinto Lucas Pires justifica-se pela "agilidade e segurança nas narrativas, a par da elaboração formal em que relevam elementos de apuramento estético e inovação, que confirmam o autor como um dos nomes a valorizar na ficção portuguesa do presente".
Jacinto Lucas Pires (1974) estudou Direito na Universidade Católica de Lisboa e Cinema na New York Film Academy. Publicou o seu primeiro livro em 1996 e trabalha como dramaturgo e cineasta. A sua obra encontra-se publicada em português pelos Livros Cotovia e também em espanhol, croata e tailandês. Várias peças suas estão traduzidas em francês, espanhol, inglês e norueguês. Em Portugal, os seus textos foram encenados por Manuel Wiborg, Ricardo Pais, Marcos Barbosa e João Brites. Alguns dos seus contos foram incluídos em colectâneas na Alemanha, em França, em Itália, na Bulgária, no Brasil e em Espanha. Tem contos em várias antologias portuguesas. Escreveu e realizou duas curtas-metragens: Cinemaamor (1999) - prémio cine-clube no Festival de Cinema Luso-Brasileiro de Santa Maria da Feira - e B.D. (2004). Obras de Jacinto Lucas Pires publicadas no estrangeiro: Azul-turquesa: Espanha (editora Hiru), Croácia (Mlinarec & Plavic´), Brasil (Gryphus) Livro usado: Brasil (Gryphus), Universos e Frigoríficos: Tailândia (Namee Books) Octávio no Mundo: Noruega (Det Åpne Teater) Figurantes: França (Les Solitaires Intempestifs, Éditions).
"Eis a primeira característica do livro de Jacinto Lucas Pires digna de ser salientada - o não fazer cedências a uma nova inocência romanesca, o que lhe permite colocar-se à altura da matéria de que se apropria: o mundo artificial, submetido ao regime dos simulacros, onde a diferença entre o verdadeiro e o falso já não é pertinente". António Guerreiro, Actual, 12/01/2008.
"Talvez nunca como agora tenha Jacinto Lucas Pires sabido manobrar tão bem a sua própria escrita". Tiago Bartolomeu Costa, Ípsilon, 24/06/2011.
"A obra em si não tem que ser político-ideológica, mas acho importante que os criadores tenham um discurso e levantem questões sobre o seu país. Vive-se num excessivo conforto pantanal, que é um desconforto para quem cria". Jacinto Lucas Pires, numa entrevista ao JL, 28/03/2006.

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